Pois é, ainda me surpreendo com a falta memória; o popular esquecimento; esses lapsos de memória tão comuns e cômodos do povo brasileiro. Acredito piamente que outros também ainda ficam por vezes admirados com esse fenômeno, que deveria com toda certeza ser estudado pelas diversas áreas competentes. Não é admissível que com dois “flashs” da mídia os cidadãos esqueçam do que discutiam até a noite anterior, com apenas dois dias se falando em processo contra os deputados, ex-deputados, ex-ministros, empresários supostamente envolvidos no escândalo do “mensalão”, que já tinha sido esquecido pela maioria da população, ninguém lembre mais do caos aéreo que se instalou no Brasil; acidente da GOL vôo 1907; o acidente que aconteceu recentemente em Congonhas com a aeronave da TAM; dos controladores de vôo que fizeram greve e foram presos, da verdadeira balburdia que se tornou nossos aeroportos. Recuso-me a aceitar mais esse lapso de memória, as festas de fim de ano estão chegando e com elas sem dúvida nenhuma volta à crise do “apagão aéreo” com filas enormes, passageiros dormindo nos aeroportos, greve dos controladores e todas estas cenas que eu tenho certeza ainda estão gravados na memória do povo, é só se esforçar um pouquinho que lembra. Peço que não deixemos de lado nossos problemas, pois eles não irão resolver-se e com toda certeza irão voltar e mais grave ainda. A cada crise o Brasil é convidado a refletir sobre sua própria ineficiência e falta de habilidade para resolver seus problemas. E nós continuamos inertes a esta situação calamitosa em que vivemos e assim vamos empurrando para debaixo do tapete a nossa sujeira.
Recado dado espero que não nos deixemos mais uma vez alienar pelos meios de comunicação.
sábado, 25 de agosto de 2007
Poesia
Resolvi também colocar uma pitada de poesia no blog, enriquecendo assim a cultura neste espaço.
Começando com um poesia muito bonita de Pablo Neruda, poeta chileno talvez um dos mais importantes em sua língua.
Aceito Sugestões
obrigado a todos
Começando com um poesia muito bonita de Pablo Neruda, poeta chileno talvez um dos mais importantes em sua língua.
Aceito Sugestões
obrigado a todos
O TEU RISO
Tira-me o pão, se quiseres,
tira-me o ar, mas não
me tires o teu riso.
Não me tires a rosa,
a lança que desfolhas,
a água que de súbito
brota da tua alegria,
a repentina onda
de prata que em ti nasce.
A minha luta é dura e regresso
com os olhos cansados
às vezes por ver
que a terra não muda,
mas ao entrar teu riso
sobe ao céu a procurar-me
e abre-me todas
as portas da vida.
Meu amor, nos momentos
mais escuros solta
o teu riso e se de súbito
vires que o meu sangue mancha
as pedras da rua,
ri, porque o teu riso
será para as minhas mãos
como uma espada fresca.
À beira do mar, no outono,
teu riso deve erguer
sua cascata de espuma,
e na primavera, amor,
quero teu riso como
a flor que esperava,
a flor azul, a rosa
da minha pátria sonora.
Ri-te da noite,
do dia, da lua,
ri-te das ruas
tortas da ilha,
ri-te deste grosseiro
rapaz que te ama,
mas quando abro
os olhos e os fecho,
quando meus passos vão,
quando voltam meus passos,
nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.
Pablo Neruda
tira-me o ar, mas não
me tires o teu riso.
Não me tires a rosa,
a lança que desfolhas,
a água que de súbito
brota da tua alegria,
a repentina onda
de prata que em ti nasce.
A minha luta é dura e regresso
com os olhos cansados
às vezes por ver
que a terra não muda,
mas ao entrar teu riso
sobe ao céu a procurar-me
e abre-me todas
as portas da vida.
Meu amor, nos momentos
mais escuros solta
o teu riso e se de súbito
vires que o meu sangue mancha
as pedras da rua,
ri, porque o teu riso
será para as minhas mãos
como uma espada fresca.
À beira do mar, no outono,
teu riso deve erguer
sua cascata de espuma,
e na primavera, amor,
quero teu riso como
a flor que esperava,
a flor azul, a rosa
da minha pátria sonora.
Ri-te da noite,
do dia, da lua,
ri-te das ruas
tortas da ilha,
ri-te deste grosseiro
rapaz que te ama,
mas quando abro
os olhos e os fecho,
quando meus passos vão,
quando voltam meus passos,
nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.
Pablo Neruda
quinta-feira, 2 de agosto de 2007
Sejam Bem Vindos
Salve, salve
Olá amigos entrando na onda dos Blogs criei o meu e aqui irei debater os mais variados temas como: Esportes, Política, Informática, carros e outras curiosidades do dia-a-dia que espero vocês gostem.
Abraço a todos
Olá amigos entrando na onda dos Blogs criei o meu e aqui irei debater os mais variados temas como: Esportes, Política, Informática, carros e outras curiosidades do dia-a-dia que espero vocês gostem.
Abraço a todos
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